quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

INCLUSÃO

Para trabalharmos com o tema Educação especial nos baseamos no artigo O FAZER PEDAGÓGICO EM CONTEXTO DE INCLUSÃO: ESTRATÉGIAS, AÇÕES E RESULTADOS de Marco Antonio Franco e Paloma Roberta Rodrigues.

 O texto aborda as questões metodológicas  , mas também a importância das praticas pedagógicas e das pesquisas nesse campo.

O caminho para uma escola mais inclusiva ainda é muito pedregoso, mas já tem alguns trechos asfaltados. Desde a Declaração de Salamanca muito direitos para dos alunos inclusos e da pessoa com deficiência vem sendo conquistados.





Mas muito mais que leis precisamos de ações e professores preparados para realmente incluir esses alunos. O problema da inclusão é que ainda hoje ela é a inclusão da exclusão. Nosso alunos inclusos são dispensados nos cantos das salas e dos pátios durante os intervalos. Incluir não é só assegurar por leis a presença desse aluno em sala. Mas garantir que ele é bem vindo e aceito em todos os espaços da escola.


 "o debate sobre a inclusão precisa ir para além do campo teórico e acadêmico e entrar nos contextos em que de fato acontecem, no caso, as escolas e salas de aula. As crianças com deficiência que se encontram matriculadas na rede de ensino regular precisam ser atendidas na sua diversidade. "(p.19)


 


"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão" - Paulo Freire

Sexualidade, gênero e representatividade


Falar sobre sexualidades nas escolas não é uma questão de "doutrinação gayzista" é questão de saúde pública, não só pra conscientização sobre as DST's mas também como projeto de prevenção a gravidez na adolescência .



"Ao abordar as experiências sexuais vividas, em especial durante a fase da juventude, cabe ao educador e à educadora estabelecerem um diálogo com os/as estudantes sobre as várias dimensões da sexualidade, além daquelas relacionadas com a promoção da educação e da saúde, como: diversidade sexual, prazer, envolvimento afetivo."(p.162)

Não só nas aulas de educação sexual, mas também devemos estar atentos a interação dos alunos. Como crianças e adolescentes vem se comportando, estar atentos aos assuntos e brincadeiras de cunho sexual que podem aparecer nas rodas de conversa e até mesmo no pátio.

"A vigilância sobre a sexualidade e a socialização de gênero de crianças e adolescentes é exercida na escola de formas variadas por diferentes agentes, em diversos espaços e de modos distintos em relação a meninos e a meninas."(p.176)

Devemos nos manter atentos também ao bullying que meninos e meninas podem enfrentar ao começarem a expressar sua identidade de gênero .

"As múltiplas maneiras de aprendizagem sobre sexualidade e orientação sexual não podem ser desconsideradas quando se pensa a sexualidade de uma perspectiva cultural e histórica. Elas precisam, portanto, ser levadas em conta em projetos educativos voltados para este assunto."(p.185)


Sugestão de leitura


Sinopse
Ser príncipe, bruxa, tudo o que a imaginaçãomandar. E pelo faz de conta descobrir quemse é de fato. O livro de Georgina Martins mostra, pela inocência de Dudu, o menino quebrincava de ser o que sua imaginaçãopermitisse e a reação dos adultos, com seusjulgamentos.


No que se refere a gênero e sexualidade devemos estra sempre atento e sensíveis ao que nossos alunos precisão expressar.  Mas aos poucos os espaços acadêmicos e escolares tem se tornado espaços receptivos a representatividade.

Sexualidade e Gênero

No discussão sobre o que é e o que não é gênero, vimos que o orgão genital é só uma parcela da construção social de gênero, sabemos também que entre masculino e o feminino existem outras identidades de gênero.  Mas identidade de gênero não é a mesma coisa que orientação sexual? Não!

"Um homem pode se sentir “masculino” e desejar outro homem. Uma mulher pode se sentir “feminina” e desejar outra mulher. Alguém que nasceu com atributos corporais masculinos e foi educado para “atuar como homem” pode se sentir “feminino” (ou vice-versa), a ponto de querer modificar seu corpo "(p.115)


 IDENTIDADE DE GÊNERO X ORIENTAÇÃO SEXUAL




Identidade de gênero é e a forma como a pessoa se identifica para o mundo. Não necessariamente tem a ver com o sexo que ela nasceu.

–Cisgênero: Identifica-se com o mesmo gênero que lhe foi dado no nascimento

–Transexual e/ou transgênero: Identifica-se com um gênero diferente daquele que lhe foi dado no nascimento

Orientação sexual depende o gênero pelo qual a pessoa sente atração.

– Heterossexual: Por alguém de outro gênero

–Homossexual: Por alguém do mesmo gênero

–Bissexual: Por ambos

(A assexualidade é a ausência de atração por todos os gêneros. Mas ainda não há consenso se ela é ou não uma orientação sexual)



Mas são tantos termos, será que é necessário mesmo abordar esses temas na escola? Sim, a diversidade sexual existe no ambiente escolar e deve sim ser abordada! 

"A desvalorização da diversidade sexual ganha dimensões e formatos variados quando ela é atravessada por outras formas de discriminação relativas à classe, cor/raça, etnia e ao gênero. Pense, por exemplo, como o acesso a bens materiais e à educação incide nas alternativas que são abertas para jovens gays e lésbicas brancas de classe média, e o que significa ser travesti, negra e pobre, por exemplo, em termos de acesso à educação. Pense também no aprendizado afetivo-sexual de mulheres jovens brancas, indígenas, negras, pretas e pardas de diversas regi- ões do Brasil. As manifestações de preconceito e discriminação causam sofrimento e provocam situações de exclusão social, dentro e fora do ambiente escolar."(p.149)



Ainda temos muito o que discutir quando se trata de sexualidade como por exemplo a representatividade nos ambientes escolares.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Gênero

  Mas por que quando falamos de Gênero, falamos na luta contra o machismo? Somos frutos de uma sociedade machista e patriarcal. Crescemos aprendendo que o Homem tem um espaço e um poder de voz e decisão maior na sociedade. De que é """normal""" mulheres serem ocuparem menos espaços de representatividade e de voz. Quando falamos de Gênero não queremos só classificar quem é X e quem é Y, mas garantir que X e Y tenham acesso e oportunidade de exercer o mesmo direitos.

As discussões sobre igualdade de gênero vem ultrapassando os séculos, mas um dos primeiros cenários a ressaltar isso foi a luta do Sufrágio feminino (Em 1893, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país a garantir o sufrágio feminino, graças ao movimento liderado por Kate Sheppard.)




 De lá pra cá a luta pelo direito das mulheres vem avançando pouco a pouco em todos os países. Isso graças a luta pela igualdade de gênero, reconhecida pela ONU (inclusão da igualdade de direitos de homens e mulheres na Carta da ONU, documento lançado em 1945 que criou as Nações Unidas, foi fruto da insistência de diplomatas latino-americanas lideradas pela cientista brasileira Bertha Lutz)




"O movimento feminista é considerado por importantes analistas sociais como o responsável pelas grandes mudanças ocorridas na segunda metade do século XX. Este movimento foi capaz de demonstrar à sociedade que as discriminações incidiam sobre as mulheres desde a sujeição feminina aos desígnios da autoridade masculina no ambiente doméstico até as situações de guerra, nas quais as mulheres são vulneráveis a mutilações, a estupros e a abusos de toda ordem. " (p.69)





A luta feminista pela igualdade de gênero é uma luta que se desdobra em várias vertentes. Pois como vimos só o Gênero não é o suficiente para se especificar alguém. Mulheres negras e pobres lutam por outros direitos . O feminismo negro vai além da igualdade de gênero, mas também luta pela visibilidade e igualdade social da mulher negra.


Gênero

Ao entramos nos Módulos II e III  Gênero e Sexualidade os assuntos se encontram e  em um certo momento se misturam, mas falar sobre Gênero não é só falar sobre homossexualidade, mas inclui falar sobre, sexismo, machismo, sexualidade e etc.

 O módulo começa conceituando o que é Gênero  "Para as ciências sociais e humanas, o conceito de gênero se refere à construção social do sexo anatômico. (...) gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos." (p.39) Ao longo do módulo podemos ver que o conceito de gênero vai muito além do sexo biológico, que o conceito de homem e mulher não está só nos órgãos sexuais, mas na construção social que define o papel de homem e mulher.

 O papel social de ser menino ou menina é definido a partir do momento que se descobre o sexo do bebê. É a partir desse momento que se escolhe a cor das roupinhas , a decoração do quarto, que se faz planos para o futuro baseado no sexo da criança  "É menino vai ser jogador de futebol!" " É menina ela vai casar e cuidar da família"!



Essa é a razão de reportagens como essas chocarem tanto 


 O papel social construído pelo o que cabe na "caixa" que define o que é ser homem o que é ser mulher não tem espaço pra esses """desvios""".

 " Esses modelos de comportamento sexual e social podem se tornar verdadeiras prisões ou fontes de agudo sofrimento quando os rapazes e as moças não se encaixam nos estereótipos de gênero (...)"(p.54)

 Mas Gênero não é construído ou desconstruído (como vimos nas reportagens) em casa, a escola, a  industria, a TV todos esses espaços são responsáveis pela construção de Gênero.  

"Educadores e educadoras têm a possibilidade de reforçar preconceitos e estereótipos de gênero"(p.52)


Sugestão de filme feita pelo livro


 Quando se fala de gênero na escola não se trata de introduzir a "ditadura gayzista",  Devemos sim falar de gênero nas escolas, porque na escola também definimos o que é ser menino e menina e condenamos os que não se enquadram nesse padrão.  "Meninas são calmas, organizadas, limpas e uito comportadas" " Meninos, são agitados, desorganizados, sujos e agressivos" quando dizemos isso aos nossos alunos, quando separamos meninos e meninas, na fila, na hora do lanche , nas brincadeiras do pátio... estamos a todo momento dizendo que meninas e meninos não podem ou não podem ser. Todas as nossas ações como docente  até as mais banais como: " Postura "Mariazinha" isso não são modos de moça!" estão delimitando ações de Gênero na escola. A verdade é que sempre falamos de gênero na escola mas sempre reforçando os esteriótipos de gênero.



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Módulo IV: Relações Étnico-Raciais

Após discutirmos sobre o módulo IV em sala  fomos levados a fazer reflexão entre os textos e os seguintes vídeos.






 Os três mostram quais são as consequência dos racismo e dos esteriótipos na vida das pessoas. Anular toda a cultura de um povo , massacrando-os a uma verdade unilateral que não os contempla  não só influencia nos gostos ,mas em como esses indivíduos se  identificam. Como eu , jovem negro  que tenho todo o que é relacionado a mim, a minha cor, meu cabelo e as minhas raízes culturais subjugadas e sempre relacionadas a imagem negativas, seria capaz de ter auto-estima de me afirmar como NEGRO? Qual seria o meu lugar nessa sociedade?

O que podemos fazer para reverter esse quadro na nossa sociedade ? Simples , nós professores temos o DEVER de quebrar esses esteriótipos. Levar pra nossa sala biografias e exemplos de cientistas, chefes de estado, escritores , artistas negros pra nossa sala. A literatura de  países africanos também devem fazer parte das nossas salas de leitura. Existem diversas maneiras de abordamos a cultura negra em sala uma delas é o trabalho que as meninas do Coletivo Filhas de Dandara fazem levando oficinas de bonecas Abayomi para as escolas.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Módulo IV: Relações Étnico-Raciais

Durante  as duas ultimas aulas nos trabalhamos do modulo IV do livro GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA .O módulo fala exatamente das relações Étnico- raciais no Brasil. O primeiro texto começa apresentando alguns conceitos que aparacem por todo o módulo,  como por exemplo:




 Esses conceitos são muito explorados por todo o módulo que falam não só da relação do negro com a sociedade mas também do índio que é muito mais invisibilizado. O módulo é dividido em duas unidades e ao londo dela são abordados temos que descrevem como o "Brasil - o pais da MULTICULTURALIDADE" pode ser tão preconceituoso. Após uma pequena introdução que  pontua a diferença entre racismo e racialismo  o textos seguintes passam a falar sobre o conceito de Estado Nacional .
 A priori o Estado Nação representa o sinônimo de evolução de uma dada sociedade. Mas no Brasil a constituição do estado Nação se deu a partir de uma lógica Eurocêntrica , que mais tarde deu lugar ao MITOS NACIONAIS. Além disso os textos também problematizam a questão da invisibilidades determinados grupos/povos no Brasil. E como a participação desses grupos na criação de politicas  a partir Ação Afirmativa dos anos 2000, esses processos de invisibilidade vem se invertendo.
Durante todo  o módulo IV fica bem claro como privilégios e direitos são intimamente ligados as relações de poder.  


 Tudo o que vimos nesse módulo fica bem ilustrado nesse vídeo:




quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Volta as aulas - Educação Inclusiva

Depois de uma longa greve mais um período se inicia na FEBF.  mais uma vez usaremos o blog como modo de avaliação e de registro de nossas aulas. Esse período da matéria em foco será Ed. Inclusiva,  nela não iremos só tratar da questão do aluno incluso, mas de tudo o que está ligado ao direito a diferença.
 Em nosso primeiro encontro além de discutirmos nossa Ementa , também discutimos a diferença.  tudo começou com dinâmica , que consistia em que cada aluno que entrasse na sala deveria usar um acessório ou adereço ( chapel, óculos, mascara...) que os diferenciasse ou destacasse do resto da turma. Como não comprei a ideia desde o inicio  acabou sendo eu a diferente (mas logo me rendi e entrei na brincadeira também).   Mas o intuito era esse de provocar o estranhamento um nos outros. O que nos torna diferente, por quê o diferente incomoda tanto, como trabalhar a diversidade e a diferença em sala? Essa e outras questões foram levantadas durante a nossa primeira aula e daqui pra frente nosso objetivo será encontrar essas respostas.